quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Morangos... Mofados?

Se fosse anos atrás, ela iria.
Tentaria de tudo.
Moveria céus.
Afinal, antes era tudo.
Mas, que ninguém se engane:
Isso era há anos atrás.

Ela cansou.
Não vale mais a pena uma porção de coisas e pessoas.
Ninguém pode dizer que tentou.
Porque ninguém nunca tentou de tudo por ela.
Ela fazia por quem não merecia.
Estas, sorriam, falsamente. Viravam-lhe as costas.

Hoje, essas pessoas esqueceram tudo o que um dia já foi feito por elas.
E, a que fez tudo por essas, agora... Esquecida?

Não vou.
Porque não quero; talvez, porque não possa.
E, porque tenho vergonha na cara.
Estou farta de interpretar papeis.

Eu já desisti do papel, seja ele principal ou coadjuvante.
O luxo de atriz ser e o luxo de fajuto ser, definitivamente, não são pra mim.

Não vou, pois não merece depois do que já foi dito e escrito.
E, por mais que eu tente de tudo...
Nem tudo são morangos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cruz Alta

Cruz Alta.
339.
9 anos e alguma coisa.

Talvez esta seja a minha maior reminiscência nostálgica.

Eu sempre amei aquela rua.
E, custei a me acostumar a dizer que moro em outro lugar.
Eu sempre achei lindas as árvores que a minha antiga rua possuí.
Embora não faça a mínima ideia de que espécie elas são.

Eu acredito que em todo o lugar em que a gente vá, algum canto nos pertence.
Nessa cidade, definitivamente, Cruz Alta me pertence.
Minha infância toda ficou lá naquela rua.

Na Cruz Alta, o meu melhor amigo era meu vizinho.
Na Olavo Bilac, eu não tenho nem um vizinho que possa vir a chamar de amigo.
Antigamente, meu quarto era grande e tinha um calendário do Érico Veríssimo.
E, veja que coisa, Érico nasceu numa cidade chamada: Cruz Alta.

A minha casa não só bastava ficar na Cruz Alta.
A minha casa tinha duas arandelas.
Eu que sempre fui apaixonada por arandelas e lustres.

Mesmo que Olavo Bilac tenha sido um poeta incrível...
Mesmo que Olavo Bilac seja a rua onde me encontro...
Cruz Alta sempre me pertencerá.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Caso Me Leia

Toca os primeiros acordes da nossa música.
Seja o Noel ou Liam, eles sempre conseguiram com que a gente ficasse mais perto, ou sentíssemos que estamos mais perto.

Talvez eu seja a guria com quem tu descreves com tanta perfeição e tem a ousadia de comparar com a Lua, talvez eu seja aquela que era pra ter dado certo, mas não deu. Mas, eu nunca serei tudo quando tu falas de amor, como disseste.

Eu sei que tu não vais olhar pra trás com rancor, porque tu és o que sempre procurou o amor, mesmo se este viesse com dor. E, se tu estiveres visualizando essas poucas palavras agora, por favor, não se esqueça, nada vai mudar o que aconteceu e passou. Nada. Ninguém, meu bem. Eu sei que é cliché, mas está de certa forma, nas entrelinhas de uma das nossas músicas...

Tu sabes que é tarde demais, que talvez nada mude, mas, eu sempre quis que nós ficássemos do jeito que estava, mas esse teu jeito libriano - e nesse jeito lá se vai muitos suspiros - que gosta de inventar moda, nunca deu muito certo. Mas, eu quero que tu saibas que eu quero que tu me leves aonde tu fores, porque eu sei que estarei segura. De qualquer jeito, eu sempre disse, certas pessoas não nasceram pra ficarem juntas. As pessoas mudam somente se as circunstâncias mudam. E, as circunstâncias mudaram.

Eu disse que um dia partiria, e agora parti.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Confessionário

- Já chega, eu preciso confessar.

- E, eu lá tenho cara de padre?

- Lá vai: eu tenho uma estranha mania, rara até. Em todos os lugares em que passo fico a pensar.

- Genial... Todo mundo pensa, ora bolas.

- Escuta o que tenho a lhe dizer. Em qualquer lugar que eu passe, eu fico imaginando se alguém amado está lá. Ou, mais louco ainda, se alguém que eu possa vir a amar está lá. Imagina que loucura tu passares cinco anos indo no mesmo lugar, e em certo futuro dia, tu encontras alguém especial.

- Mas, e o que tem de raro, meu bem?

- É que eu sou lunática, fico pensando minutos e horas, noites e dias, em lugares nos quais já frequentei, e quem daquelas pessoas poderia vir a ser o meu amor... Fico pensando que em inúmeros lugares o amor da minha vida, assim posso dizer no futuro, estava no mesmo local, mesma hora, mesma data, e nada aconteceu. Somente no futuro irá acontecer. Reclamo só um pouquinho, porque sei que o futuro tem de reservar coisas melhores.

- O futuro tem dessas coisas, minha querida.






domingo, 11 de novembro de 2012

Júpiter

Fique comigo. Eu sei que eu jamais fui a melhor em coisa alguma. Mas, fique comigo. Eu sei que eu prometo mudar, mas certas coisas em mim são incorrigíveis. Mas, mesmo assim, fique comigo. Eu digo que abro mão de uma parcela de coisas, das quais eu falo que não viveria sem. Então, abra mão das coisas também, porque eu vou abrir também. Fique comigo. Não me deixes mais pensar nas ideias estapafúrdias de abandonar à vida; porque quando se tem razão para viver, se vive. Fique comigo. Não seja aquele homem que irá chorar rios quando me for, e dizer que voltaria atrás do tempo pra cuidar de mim; cuida de mim agora antes da partida irreversível. Fique comigo. Eu sei que sou pequena, na verdade, tua pequena, mas, eu juro-te que eu tenho um amor incalculável no coração. Fique comigo para anos incalculáveis. Eu tento ser a melhor pra ti. Não é difícil ser o melhor para mim, nunca precisei de grandezas, apenas, seja o melhor ficando comigo. Eu sei que deveria ter aproveitado melhor esses anos todos contigo, mas era pequena demais para me preocupar com frustrações futuras. Frustre-se, mas fique comigo já frustrada. Eu sei que sou a preferida de qualquer jeito, mas, preciso de um "para sempre" para me confortar em relação a isso. Fique para sempre comigo. Eu sei que agora é tudo diferente. Fique comigo mesmo sabendo que outra chegará.

Tu sempre disseste que voltaria, se partisse. Então, volta. Fique comigo. Caso contrário, as ideias doidivanas irão surgir novamente. Caso não fique - e, sinto um aperto só em ler essas palavras -, não me tires mais nada. Não me visites mais, porque ter a sua presença por segundos não me bastará. Talvez eu precise de grandezas enquanto a isso. Mas, eu preciso de ti também. Somente não me tire a vontade de te ter por perto, a vontade de querer tua presença, a vontade de pedir para que fiques.

Por Júpiter, fique comigo.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Certas Coisas Que Eu Não Sei Dizer

Têm certas coisas que nunca deveriam ficar juntas.
Mas, ficam.

Têm certas coisas que nunca deveriam ser ditas.
Mas, são.

Têm certos textos que nunca deveriam ser publicados.
Mas, eu publico...

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Promessas Interrompidas

Suplico-te
Não faça promessas
Nem mesmo aquelas que
Tu juras cumprir.

Não salte as primeiras palavras
Que lhe vierem aos lábios
Ou salte-as.

Sinceridade é algo que me agrada
Muito mais que promessas.

Não me venha
Com meios ditongos.
Não me venha
Com quaisquer verdades.

Não me faça
Promessas malfeitas.
Não me faça
Cair na amarga ilusão
Que em uma noite
Tu irás cumprir.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Mentiri Versus Mori

Eu poderia ter mentido.
Talvez, poderia amar.

Amar, volta e meia,
É sempre bom.
Todavia, amar sempre,
Nem sempre é bom.

Eu poderia ter mentido
Do mesmo jeito que
Eu poderia morrer por você.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Tem Que Ser Azul

- Tu sabes que horas são, guri? - fala, agora com as mãos na cintura, depois de bater o indicador no vidro do relógio.

- A hora do nosso encontro? - fala pegando a sua mão, de leve.

Quando ele pegou-a, era como se ela tivesse visto o fantasma do cais, sorriu pálida:

- Como bons amigos.

- Se assim tu quer...

- Eu quero tantas coisas...

- Por exemplo?

- Um algodão doce.

- De que cor?

- Pra ficar mais bonito, azul.

- Se for pra ser azul e bonito, eu quero o céu.

Eles já conversam deitados de fronte com o cais, mas cada um para o lado, fazendo com que a boca dela esteja do lado dos olhos dele, e a boca dele esteja do lado dos olhos dela. Com certeza, foi a cena mais bonita que já vi, porém, nunca fui de parar a fim de ver as coisas bonitas. Mas, a conversa girava como se eles estivessem num universo paralelo:

- Ai, ai, tu não para de desejar coisas utópicas...

- Mas, as coisas estão aí para serem desejadas. Sendo elas utópicas ou não, Anita.

- E, em que mais tu acredita?

- Eu acredito que tu tem um amor introvertido por mim.

Ela somente riu. Até hoje não se sabe se foi um riso desesperado, um riso verdadeiro ou um riso de amor. Ele, consequentemente, riu. Mas, não se sabe ao certo, se fora por nervosismo do que ela poderia dizer instantes depois, ou se foi porque ele acha lindo ela sorrir e também sorri.

- É sério, diz ele acariciando o seu rosto e olhando fixamente de forma alternada para sua boca e olhos.

Ela vai ao encontro da boca dele. O beijo é interrompido por uma lágrima dele, ou dela, não importa, é tarde para saber. Ela balbucia as palavras que ele esperou tanto tempo para ouvir depois de um beijo dela:

- Eu te amo e, sinto muito por te fazer esperar.

Agora é ele que vai ao encontro dela, só que de seus braços. Ele puxa ela para si, como se quisesse que ninguém no mundo roubasse a sua pessoa mais amada. Depois de algum tempo, ela se afasta:

- Já passou da hora.

Ele levanta e pega-a colocando em pé. Os dois caminham, por incrível que pareça, na mesma direção. Eles chegam no ponto.

- Acho que esqueci meu livro lá, já volto, não sai daqui.

- Volta rápido, por favor.

Ele, rapidamente, vai à barraquinha mais próxima. Ele chega por trás dela, coloca suas mãos nos olhos dela. De repente, ele tira as mãos dos seus olhos:

- Quer namorar comigo?

Foi lindo. O algodão doce azul mais lindo que Anita já comera dizendo sim.

sábado, 18 de agosto de 2012

Juramentos Conversados

- Oi.

- Oi, diz ele como se sorrisse com as palavras.

- Tá tudo bem?

- A tua presença melhorou, admito, e tu tá bem?

- Acho que tu fala isso, só porque tu sabe o quanto eu amo me sentir especial! Eu acho que sim...

- É bom fazer as coisas que os outros amam... Por que acha?, diz arqueando alguma das sobrancelhas, provavelmente, a esquerda.

- Eu tive pensando nessas coisas de amor, sabe? Elas são meio estranhas... Ou, talvez eu não ame direito.

- Amar nunca teve descrição, ou um livro de como se ama, só se sabe que se ama. Então, já pode descartar a última hipótese, guria das hipóteses. 

- É, talvez, sempre têm aqueles livros de autoajuda que dizem como se ama, ou como se deveria amar. Maior babaquice até pra ti, guri romântico.

- Se fala sobre o amor verdadeiro, talvez não seja babaquice.

- Ai, ai, o guri que falou que amor não tem descrição se contradizendo?

- Me pegou, admito novamente. A gente tem mania de volta e meia, tentar descrever o amor verdadeiro e julgar ele.

- Amor verdadeiro... 

- Não é?

- É que ridicularizaram tanto o amor, que agora as pessoas falam em "amor verdadeiro", pra dizer com toda redundância possível, que sim, é verdadeiro. Mas, amor por si só é verdadeiro. Não é o que dizem?

- Anita, já me disseram tanta coisa e ouvi tanta coisa sem precisar me falar...

- E, tu não diz nada?

- Eu digo, sim.

- O que tu me diz então?

- Eu te amo.

Depois daquela frase, talvez, passaram-se os mais longos minutos da vida dele. Ele que sempre soube esperar.

- Por que tu sempre fica quieta quando eu te digo isso?

- Eu não sei o que eu deveria dizer e se um dia eu souber, talvez não o diga...

- Por quê?

- Porque com as decepções, a gente tende a não acreditar nas frases que envolvem o verbo amar. Como tu disseste, volta e meia.

- E, qual foi a tua maior decepção?

- Não sei se tem como saber qual a maior... Talvez, quando a minha mãe me contou que, um dia as pessoas amam. E, teve um dia que eu achei que, esse dia maravilhoso tinha chegado. Eu que tinha esperado tanto por ele. No final, nem era o amor.

- Era o quê?

- Promessas mentirosas envoltas no verbo amar.

Naquele instante, ele jurou mais uma vez, a quarta ou a quinta das vezes, que jamais mentiria para ela. Com um detalhe, sempre usando a palavra jurar, ou juramento, para que ela nunca lembrasse da coisa que mais fez ela sofrer um dia. A promessa.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Pra Nós, Covardes

Tudo o que eu queria te dizer
É que, sim, os anjos deveras morrem
E que os lírios com o passar dos dias
Envelhecem o perfume.

Eu queria te dizer também
É que há crianças que não viram
O espetáculo do mar
E, sim, há anjos-crianças que deveras morrem.

Eu queria te dizer agora
É que a capital é linda ao anoitecer
E que o café esfria com a tua ausência
E, sim, anjos-ausentes deveras morrem.

Eu queria te dizer um dia
É que os cafajestes também choram
E que os covardes também amam
E, sim, anjos-covardes deveras morrem.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Alguém Pra Cuidar De Quem Já Cuidou De Mim

Hoje vai ser um dia diferente?
Bom...Você prometeu...
Que estaria comigo independente do que aconteceria
Eu, acreditei, mas, onde estás agora?

Eu fico rondando, rondando
Procuro você, mas, cadê?
Deve estar nas ruas, praguejando e cantando
Mereço?

Desculpas que eu queria que fossem suficientes
Eu sinto tanto à sua falta...
Eu não sei mais como pedir desculpas
De um jeito novo.
Eu realmente queria olhar para cima e lembrar
Que você também estás a lembrar de mim.

Mas, por que motivos, prometeu?
Se me deixaste sozinha, sumiu simplesmente...
Acredite, eu escrevo
Somente para que um dia
Você leias, não para me aliviar a culpa.

Apareça, não sei se posso confiar em outrem...
Tudo ficava tão seguro contigo...
Por motivos quaisquer
Imploro-te que volte.

Ninguém será meu protetor como tu foste.
Ninguém passará essa saudade.
Volta, querido.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sem Braços Cruzados

Quando estávamos vendo o pôr do sol
Eu inclinava à minha cabeça no seu ombro
E, tu me achavas tão Lily
Mesmo parecendo mais Johanna.

Mesmo querendo ser mais eu
E, te ter mais um pouco
Afinal, um pôr do sol
Era raro e coisa de louco.

O que era tu me esperando no cais?
De braços cruzados, que mania...
Sempre querendo um tempo a mais
Talvez seja, depois da saudade,
A minha maior agonia.

Agonia de não te ter por perto.
Agonia dos minutos que faltavam lhe ver.
Agonia do amor incerto.
Agonia do fim do entardecer.

Agonia de ti.
Agonia do que poderia ter.
Agonia do que poderia morrer.
Agonia do que perdi.

Agonia do que estaria por vir.
Agonia até de mim.

Mesmo agoniada, pergunto:
Próximo encontro, no cais
Na data marcada há tempos
No horário de sempre
Espera-me?

E, por favor,
Nada de braços cruzados
Combinado?

terça-feira, 10 de julho de 2012

Vês?! Está No Silêncio

Descendo a nossa rua
Olho só uma vez para trás
Só conseguindo enxergar
O lustre.

Mas, o que me conforma
É que eu sei que
Ele está a olhar.

O que me prende
É que ele sabe
Como olhar.

Pode parecer estranho
Mas, está no olhar
Eu só não sei como
Explicar-lhe...

Sendo ridículo ou não
O medo de abrir os lábios
Para estragar o perfeito
Silêncio desse olhar...

Permaneço calada.
Vá que ele esteja a olhar...

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Nossa História À Possessão

Eu imagino nós tão longe.
Como eu sempre planejei
E deixei de planejar.
Tão nosso, tão como nos filmes.

Imaginando os mesmos sussurros
Os mesmos beijos e afagos
As mesmas clássicas músicas
O mesmo destino?! Destino...

Nosso destino jamais existiria
As viagens são os meus sonhos
Que tenho toda noite.

Minto, são raras as vezes
Que tenho os melhores sonhos
Como o que sussurrei para ti
O medo de que os outros
Também viajem sonhando
É enorme, meu amor.

A nossa história jamais
Foi como nos filmes
A nossa história jamais irá ter
Aquela doce sinfonia perfeita.

Nossa história nunca aconteceu
Quiçá acontecerá.

Nunca houve nossa
Sempre fiquei na possessão
E na solidão do minha.

terça-feira, 3 de julho de 2012

Antes Que Seja Tarde

Bom, eu já não sei mais definir
O que é certo e errado
O que é belo e vulgar.

Eu estou confusa o suficiente
Para não entender
O suficiente para não
Fazer-me entender.

Tampouco para querer
Achar respostas
Para as mesmas perguntas
Que não faz muito que se fez agora.

Me deixe só
Antes que seja tarde
Me deixe assim
Pois, às vezes, parece que
Eu cuido melhor de mim.

Me deixe só
Ouvindo Especially in Michigan
Como antigamente
Só que dessa vez, só.

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Hard To Concentrate

É automático.
Eu ouço os primeiros acordes
Da nossa música
E penso em todos os jeitos
Que tu julgas possíveis.

Os jeitos mais esdrúxulos
Mais perfeitos que cometi
Perdendo-te.

É magia.
Foi grãos de areia escorrendo
Em minhas mãos.
Justo eu, que cuido tão bem
Do que me tem e convém.

Os erros mais incoerentes
Mais incertos que cometi
Perdendo-me.

É temporário.
A sua voz vem volta e meia
Assombrar-me e confortar-me.
É possível esse paradoxo?

Os acertos que tu não enxergas
Mais certos que foram suficiente para
Perder a razão.

É concentração.
Ou, é a falta de.
Eu sei, meu amor,
Mas, essa era vai passar.
Eu também sei o quanto 
É difícil de concentrar.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Piores Melhores Erros

Meu pior erro foi ter te conhecido.
Meu pior erro foi ter ficado com medo.
Meu pior erro foi ter me apaixonado.
Meu pior erro foi ter te lido.
Meu pior erro foi ter que ficar no segredo.
Meu pior erro foi ter ido ao ensaio sem namorado.

Meu melhor erro foi ter te escolhido.
Meu melhor erro foi ter ido à Capital.
Meu melhor erro foi ficar perdidamente apaixonada.
Meu melhor erro foi ter da dúvida, saído.
Meu melhor erro foi ter escolhido o amor magistral.
Meu melhor erro foi ter ficado calada.

Meus piores melhores erros sempre serão te ter comigo.
Meus piores melhores erros serão os novos e antigos.
Meus piores melhores erros quero que sejam contigo.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Dê-me Previsões Monárquicas

O guri que eu me apaixonei
Somente agora vi
Será mesmo que deixou de ser Rei?
Pois, apagou tudo que um dia li.

O guri que eu me apaixonei
Por, possivelmente, tudo faria
Para ter somente meu Rei
Daria qualquer quantia.

O guri que eu me apaixonei
Tem tanto poder sobre mim
Que só para ler versos do meu Rei,
Seria capaz de terminar, sim!

O guri que eu me apaixonei
Mesmo que façam dois anos
Ainda sim, apaixonar-me-ia, ó Rei.
Mesmo que não exista mais anjos.

O guri que eu me apaixonei
Será que tem previsão de
Voltar a ser meu Rei?!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Meu Bem-Querer-Tanto

Eu lhe quero tanto
Mesmo não querendo tanto ter você
Eu lhe quero tanto
Mesmo não querendo tanto somente você

Eu lhe quero tanto
Mesmo que chegue a parecer blasé
Eu lhe quero tanto
Mesmo que chegue a parecer cliché

Eu lhe quero tanto
Mesmo querendo outros tantos
Eu lhe quero tanto
Mesmo querendo outros encantos

Eu lhe quero tanto
Mesmo sendo simplesmente
Querer-lhe tanto...

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Será O Amor?

Será que eu te amo antes de em ti pensar?
Será que eu te amo antes de em ti tocar?
Será que eu te amo antes de em seu nome falar?

Será que eu te amo depois dos raios e trovões?
Será que eu te amo depois de acordar ao seu lado?
Será que eu te amo depois de beijar-te?

Será que eu te amo antes?
Será que eu te amo depois?
Será que eu te amo agora?

Será que eu te amei desde os primórdios sem saber quem tu eras?
Será que eu te amo desde as conversas sem saber que amavas?
Será que eu te amarei desde tudo que saberei sobre ti?
Será que eu amar-te-ia desde que o pra sempre um dia existira?

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Lembranças Borradas

Aqui faz muitos dias
Que a minha hora chegou
Mas, a pergunta mais frequente, continua:
"E, a dor, já passou?"

Só consigo lembrar-me
De estar a noite gélida
Do lacrimejar que borra
Da vela que lá boia.

Só consigo lembrar-me
De estar desejando morrer
Da mudança que nunca ocorreu
Da mudança que eu insisto, ainda, em ver

Eu não lembro de haver amor
Eu lembro de ver dor
Eu não lembro de como amar
Ou, talvez eu só lembre
Do que convenha-me vir a lembrar.

Diga Adeus Ao Meu Rei

"Vou-me refugiar no reino"
Era o que ela costumava dizer
"E, não me verão mais"
Pois lá, era o seu lugar.

Ela era teimosa
Na verdade, sempre fora
O que ela queria mesmo era morrer
Mas, nos braços de seu Rei.

Era lá onde reinava
Repito: Ela só queria morrer
Porém, de tanto que amava
Em vão foi, que somente fez sofrer.

Exaurida, de tanta coisa vil
Restou, fraca, a desistir
Contudo, o que ela viu
Fora...

Agora, em andrajos
Ela despede-se do reino
Mas, fique tranquilo, ó Rei
Fez questão de deixar lá os anjos
Até os sorrisos e beijos

Porém, como vingança nela tem
Levou somente uma coisa consigo
Fora...

domingo, 13 de maio de 2012

Luz Dos Meus Olhos: Rosângela


Queria dizer hoje que, hoje, no Dia das Mães - injustamente, é celebrado/lembrado uma vez ao ano -, que mudaram as estações, mas muita coisa mudou, nós sabemos que alguma coisa aconteceu: o amor, com o passar dos anos, felizmente, exacerba-se. (Queria já de antemão desculpar-me pelas epígrafes, mas só Ela, Nossa Rainha, poderia chegar perto de tudo o que eu sinto por ti e não consigo explicar.)

Pois, foi contigo que a gente aprendeu a deixar a tristeza e trazer a esperança conosco. Foi contigo que a gente aprendeu que estranho seria, se tu não fosses a melhor mãe do mundo SOMENTE para nós, pois, sinceramente, pouco importa quem são as melhores para outrem.

Mas, foi com esse amor que aprendi que as coisas lindas são mais lindas, somente, quando você está; por sorte, hoje você está nas coisas TÃO mais lindas!

Quero poder dizer até o último minuto: que o nosso amor pra sempre viva; que o meu mundo só fica completo com você; que tu sejas pra sempre, mesmo que o pra sempre, sempre acaba (mas, com ou sem pra sempre, nada vai conseguir mudar o que ficou). E, tu sabes que achei vendo em você e explicação, graças a algo maior, nenhuma isso requer, porque foi graças a ti que guardei o amor e repito: ele é inteiramente seu! Felizmente tudo isso tem uma explicação, é porque eu preciso dizer que eu te amo... Tanto!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Inútil Tentar

"Elvis solta a voz. Fernando conhece todas as letras, mas só foneticamente.
- O que isso quer dizer? - pergunta ele.
- Não consigo parar de te amar. É inútil tentar. - Vou traduzindo letras nas quais nunca prestei atenção, palavras que ele passou a vida inteira escutando.
(...)
- Será possível algo ser tão bom? Eu, que considero Shostakovich um modernista, me vejo ali berrando "I can't stop loving you" para a grande planície do rio Pó que se estende, sem nenhuma árvore, pelo feito interior industrial da Itália. Talvez esse seja o encontro pelo qual sempre esperei."
Há de se convir Marlena de Blasi: é inútil tentar. Permaneça com Fernando que eu permanecerei com o meu amor. Se é o encontro pelo qual sempre esperei? Sinceramente, não sei.
Já não consigo mais raciocinar, tudo que vem à mente é: não parar de te amar. Minhas sinceras desculpas, mas não consigo parar.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Soneto Errado

Me parece errado tu não compreender.
Me parece errado mentir.
Me parece errado, simplesmente, te querer.
Me parece errado deixar de te sentir.

Me parece errado não olhar os teus olhos.
Me parece errado não te ter em mim.
Me parece errado deixar esses olhos sinceros.

Me parece errado não sentir tuas mãos.
Me parece errado não sentir teu ardor.
Me parece errado não ouvir teu coração.
Me parece errado sentir pudor.

Me parece errado não confiar em você.
Me parece errado não estar com você.
Me parece errado abrir mão de você.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Lágrimas De Um Anjo

Estava pensando cá comigo...
Depois daquela conversa escutada
Onde tu vais se não estou contigo?
Corre perigo se não estás comigo...

Não pensava em nada
Só chorava.
Estava em prantos
Loucamente assustada:
Meu anjo vai partir
E, vai fazê-lo sem mim!

Mas, espere um instante...
Será que tu já foste meu antes da partida?

Pois bem
E, agora vida?
O que faço se o anjo
Só tem passagem de ida?

terça-feira, 3 de abril de 2012

Segundo Adeus

Como podes pedir para amar-lhe
Se já vais partir?
Como posso pedir para tê-lo
Se já estás nos braços de outrem?

Como posso sorrir
Se o que mais almejo é entregar-lhe meu dilúvio?
Como podes ir
Se vossa vontade é voltar aos meus braços?

Diga-me qual seria a sensação de fazer-me sofrer?

Finalmente, eu estava conformada
De que isso chegaria ao fim...

Mas, não dessa vez
Você vais
Porém, sem mim.
Adeus.
Pela segunda vez.

domingo, 18 de março de 2012

"I could die for you..."

Não seria eu mesma se não escrevesse algo tão importante, para alguém tão perfeito pra mim, num dia tão especial, como o que passou, dezesseis de março, no ritmo perfeito de "I could die for you". Desculpas peço-lhe agora, foi o melhor e mais sincero que consegui fazer em tão pouco tempo.

25 anos de uma pessoa incrível que beira a magistralidade.
Por sorte ou ironia do destino, só conheço essa pessoa há 16 anos...
Só peço, encarecidamente, que não mudes por mais nada, que não deixes de ser perfeito por mais nada.
Se bastasse dizer "eu te amo", eu diria. Mas é medíocre de mais para meus sentimentos...
Então, só digo a essência deles:

Eu te amarei para sempre, Memé.

sábado, 10 de março de 2012

Dúvidas? Talvez...


Talvez fossem dos teus olhos, que não se assemelham ao azul do céu de metileno, mas que não deixam de ser irradiantes quando brilham na água.

Talvez fosse da tua boca, que é conjunto perfeito do teu ser, ora abre, ora fecha, ora poesia, ora dor. Porém, nem sempre salivas o amor.

Talvez fosse o nariz, que faz com que se mantenha vivo, mas mais vivo és, quando se acolhe nos estribeiros de meu mero coração.

Talvez fossem tuas orelhas, que me ouviram talvez, de muito longe, os choros abafados enquanto tu estavas tão longe, tão ausente.

Talvez fossem teus cabelos, que são os que ardem de esperar meu carinho, que esperam minhas mãos hábeis a pousar numa floresta castanha sem fim.

Talvez fossem teus braços, que são galhos, aqueles mesmos galhos que prendem as flores. Teus galhos que uma vez, já me envolveram e ajoelhei-me para este momento sempre perdurar.

Talvez fossem essas partes, que me fizeram com que eu diga para todos os orifícios prontos: Tu és sim, uma beira da perfeição.

Talvez fosse o amor, ou a falta do mesmo, que me proporcionou a dor.

Talvez fosse para mim, talvez nunca fosse para você...

Talvez fossem essas dúvidas traidoras, que já me impediram não somente de sonhar, mas sim de ti ter comigo para voar neste céu infindo.

Com dúvidas não se consegue sobreviver, talvez...

Mas, hoje posso dizer sem o talvez, mas nunca será como o poema que lhe fiz naquela vez.

Sou Apenas Uma

Uma apresentação, um desejo e uma pontuação, afinal, onde estão meus bons modos?

Sou resultado puro de uma medida possivelmente fracassada do conceito ser única. Sou pouca sendo muita. Sou igual sendo diferente e por aí vai. Mas, única nunca foi uma coisa na qual incrustou-se em mim. Eu tenho a infeliz ideia paradoxal de não me dar por satisfeita por ser só uma pessoa, de um só sentimento, de um só determinante, de um só muitos. Eu preciso, eu tenho a premência de querer ser muitas coisas ao mesmo tempo, de explodir sentimentos e ideias, não reclames, sou aquariana, tchê. Necessito mais do que nunca me sentir livre, prezar a liberdade não é um jogo, eu preciso viver a minha vida, mas simultaneamente, estando com alguém para ficar como a canção e como julgo querer: Meu Mundo Ficaria Completo (Com Você).

Aviso-lhes de antemão que sou ocupada de mais para corrigir tudo, pois só são fantasias que aqui coloco, talvez aquelas que a gente se atreve de dar o nome de - reais. Pois bem, aqui me livro de quaisquer aborrecimentos.

Porém, tomei a liberdade maior que exigiu de mim a dar nome as próximas páginas escritas, às quais me refiro de - Reminiscências Nostálgicas.

Por fim, assino por mim?! Não sei se condiz com meus princípios daqui mostrar a minha versatilidade, se assim lhes agrada, nisso, sou apenas uma. Luísa.