quarta-feira, 25 de julho de 2012

Sem Braços Cruzados

Quando estávamos vendo o pôr do sol
Eu inclinava à minha cabeça no seu ombro
E, tu me achavas tão Lily
Mesmo parecendo mais Johanna.

Mesmo querendo ser mais eu
E, te ter mais um pouco
Afinal, um pôr do sol
Era raro e coisa de louco.

O que era tu me esperando no cais?
De braços cruzados, que mania...
Sempre querendo um tempo a mais
Talvez seja, depois da saudade,
A minha maior agonia.

Agonia de não te ter por perto.
Agonia dos minutos que faltavam lhe ver.
Agonia do amor incerto.
Agonia do fim do entardecer.

Agonia de ti.
Agonia do que poderia ter.
Agonia do que poderia morrer.
Agonia do que perdi.

Agonia do que estaria por vir.
Agonia até de mim.

Mesmo agoniada, pergunto:
Próximo encontro, no cais
Na data marcada há tempos
No horário de sempre
Espera-me?

E, por favor,
Nada de braços cruzados
Combinado?

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