quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Morangos... Mofados?

Se fosse anos atrás, ela iria.
Tentaria de tudo.
Moveria céus.
Afinal, antes era tudo.
Mas, que ninguém se engane:
Isso era há anos atrás.

Ela cansou.
Não vale mais a pena uma porção de coisas e pessoas.
Ninguém pode dizer que tentou.
Porque ninguém nunca tentou de tudo por ela.
Ela fazia por quem não merecia.
Estas, sorriam, falsamente. Viravam-lhe as costas.

Hoje, essas pessoas esqueceram tudo o que um dia já foi feito por elas.
E, a que fez tudo por essas, agora... Esquecida?

Não vou.
Porque não quero; talvez, porque não possa.
E, porque tenho vergonha na cara.
Estou farta de interpretar papeis.

Eu já desisti do papel, seja ele principal ou coadjuvante.
O luxo de atriz ser e o luxo de fajuto ser, definitivamente, não são pra mim.

Não vou, pois não merece depois do que já foi dito e escrito.
E, por mais que eu tente de tudo...
Nem tudo são morangos.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Cruz Alta

Cruz Alta.
339.
9 anos e alguma coisa.

Talvez esta seja a minha maior reminiscência nostálgica.

Eu sempre amei aquela rua.
E, custei a me acostumar a dizer que moro em outro lugar.
Eu sempre achei lindas as árvores que a minha antiga rua possuí.
Embora não faça a mínima ideia de que espécie elas são.

Eu acredito que em todo o lugar em que a gente vá, algum canto nos pertence.
Nessa cidade, definitivamente, Cruz Alta me pertence.
Minha infância toda ficou lá naquela rua.

Na Cruz Alta, o meu melhor amigo era meu vizinho.
Na Olavo Bilac, eu não tenho nem um vizinho que possa vir a chamar de amigo.
Antigamente, meu quarto era grande e tinha um calendário do Érico Veríssimo.
E, veja que coisa, Érico nasceu numa cidade chamada: Cruz Alta.

A minha casa não só bastava ficar na Cruz Alta.
A minha casa tinha duas arandelas.
Eu que sempre fui apaixonada por arandelas e lustres.

Mesmo que Olavo Bilac tenha sido um poeta incrível...
Mesmo que Olavo Bilac seja a rua onde me encontro...
Cruz Alta sempre me pertencerá.